Por favor, não transformem a Wanda em vilã
- Marcelo Pedrozo
- 30 de abr. de 2021
- 12 min de leitura
Atualizado: 10 de mai. de 2021
Análise do arco de personagem da Wanda Maximoff no Marvel Cinematic Universe (2008-), e crítica ao rumor de que ela se tornará a "grande vilã".

Há algumas semanas saiu um rumor – que provavelmente não deve ser muito confiado, afinal esses rumores dificilmente estão certos – de que Wanda Maximoff (você sabe, a protagonista de WandaVision e melhor personagem do Marvel Cinematic Universe) se tornaria “a mais poderosa vilã do MCU” nos próximos projetos, provavelmente começando com Doctor Strange in the Multiverse of Madness que é a próxima aparição dela.
E a possibilidade de a personagem se tornar uma vilã sempre foi um tópico comum em todas as discussões relacionadas a ela. Afinal, a Wanda dos quadrinhos da Marvel, na qual a do MCU é baseada, já foi vilã algumas vezes durante sua trajetória, tendo inclusive estreado como uma antagonista mesmo, e só depois virado uma heroína e se juntado aos Vingadores, e a partir dali variando um pouco.
Inclusive no que provavelmente é o arco mais conhecido dela nos quadrinhos, House of M, ela cumpre um papel não muito heroico. Esse arco é muito elogiado por vários fãs, mas também muito criticado por outros, uma vez que usa o já datado arquétipo da “mulher que não consegue controlar seus poderes e enlouquece, se tornando uma ameaça para o mundo e tendo que ser derrotada” – esse arquétipo está presente em várias partes da história da Wanda, inclusive.

E é nesse arco em que temos uma das cenas mais famosas dos quadrinhos da Marvel, que é a Wanda extinguindo os mutantes.
House of M foi uma das bases para a construção do enredo de WandaVision, mas como em todas as adaptações do MCU, a série pega o conceito básico e distorce para que encaixe no universo dos filmes. E como uma das inúmeras adaptações feitas, tivemos a tentativa de evitar o arquétipo da mulher-poderosa-que-fica-louca, como revelado pela própria showrunner Jac Shaeffer em uma entrevista.
Porém, ao mesmo tempo em que WandaVision subverte o arquétipo, a série tem pedaços dele na história, entre eles o descontrole dos poderes de Wanda, que acaba criando o Hex acidentalmente em um momento de fragilidade emocional. Além disso, temos a própria personagem se afastando um pouco (bastante) da heroína que ela havia sido nos filmes anteriores. Então faz todo o sentido que ela continue nesse caminho de vilã, como o rumor fala, certo?
Não exatamente.
Wanda começou o arco dela no MCU na cena dos créditos de Captain America: The Winter Soldier, e mais detalhadamente em Avengers: Age of Ultron. Aqui, ela e o irmão, Pietro, eram voluntários na Hydra, uma organização “terrorista anti-liberdade”, como a Agatha Harkness colocou muito bem.

“Ah, Wanda, os anos rebeldes. Pergunta rápida, a reação de vocês ao bombardeio de seu prédio e o assassinato dos seus pais foi se juntar a uma organização terrorista anti-liberdade?”
Depois de uma luta contra os Vingadores, os dois se juntaram ao androide Ultron para acabar com o grupo, por causa das bombas que mataram os pais deles, que vieram do Tony Stark. Durante o filme, Wanda e Pietro agiram contra os Vingadores usando métodos nada morais, incluindo provocar o Hulk com a magia de controle mental da Wanda para que ele lutasse contra os outros Vingadores, resultando em um grande desastre na África do Sul e presumivelmente causando muitas mortes.
Porém, Wanda e Pietro se juntaram aos Vingadores depois de descobrirem que Ultron queria assassinar todos os humanos da Terra. Pietro morreu na luta contra Ultron e Wanda passou a ser uma Vingadora oficial.
Ou seja... ela começou o arco dela no MCU sendo, essencialmente, uma vilã. Digo, ela mudou de lado ao perceber que o Ultron queria causar um genocídio e virou uma heroína... mas durante a maior parte do filme ela ativamente lutou contra os Vingadores, sendo uma antagonista. Sem contar que ela certamente causou a morte de dezenas de pessoas na luta na África do Sul. Não muito heroico.
Em Captain America: Civil War, ela fazia parte dos Vingadores normalmente, tentando ajudar o povo, e em uma dessas tentativas acabou causando acidentalmente a morte de algumas pessoas, e vemos uma cena depois em que ela se culpa muito por isso.
Em Avengers: Infinity War, ela foi obrigada a sacrificar o Visão, que era a pessoa que ela mais amava, para impedir que o Thanos matasse metade do universo. Mesmo hesitando muito, ela ultimamente faz esse sacrifício. E em Avengers: Endgame, sua raiva é mostrada bem claramente quando ela quase mata o Thanos.

Já em WandaVision, esse luto dela por perder o Visão, somado ao luto pelas mortes do Pietro e de seus pais, resulta na criação acidental do Hex, que prende a cidade de Westview – e seus residentes – em uma sitcom dos anos 50 (inicialmente), onde Wanda e um Visão criado por magia vivem sua vida perfeita.
Porém, os outros habitantes de Westview não estão tão felizes quanto Wanda, já que estão sendo controlados para que cumpram seus papéis na série inventada. Além disso, um defeito no feitiço ainda os faz sentir a dor de Wanda; por exemplo, quando dormem, eles têm os pesadelos dela. No início, Wanda parece alheia ao fato de estar controlando a cidade toda, com momentos mínimos de consciência, mas quando expulsa Monica Rambeau do Hex, parece acordar de vez... só que sem mudar muito de comportamento.
Tendo em mente que está controlando os cidadãos, Wanda prefere não fazer nada; ela não sabe como criou o Hex, mas prefere não saber e deixar tudo como está, inclusive ameaçando os agentes da S.W.O.R.D. que tentavam resolver o problema, exigindo que eles a deixassem sozinha. Somente no último episódio, quando Agatha liberta os cidadãos do feitiço e eles revelam tudo o que estão sentindo, que ela confronta o que havia feito; Wanda não hesita em desfazer o feitiço para libertá-los. Digo, ela para pouco depois, porque vê que Visão e seus filhos estão se desfazendo, mas poucas horas mais tarde ela desfaz de vez, libertando a todos e ficando sozinha novamente. Depois disso, Wanda faz as pazes com Monica depois de passar a temporada inteira tentando se livrar dela, e foge da polícia para viver sozinha e aprender sobre seus poderes.
Tá. Vamos resumir. Ela começou como vilã, mas aí se juntou aos Vingadores. Depois de perder o Visão, ela prendeu uma cidade inteira inconscientemente, e quando percebeu o que fez, não quis parar. Mas ao ser confrontada com tudo, ficou desesperada ao ver o que estava causando e parou o feitiço, sacrificando sua felicidade.

Era vilã. Virou heroína. Voltou a ser vilã, de certa forma. Fez um sacrifício de redenção/heroico.
E agora querem que ela volte a ser vilã? Mais uma vez? Sério isso?
Narrativamente falando, ela já foi vilã duas vezes em dois momentos diferentes, intercalados com momentos de heroísmo. E no momento, ela está como heroína. Claro, acabou de sair de um período de “vilania”, então teoricamente precisaria completar um arco de redenção ou algo do tipo... mas o que ela não precisa no momento é ser jogada de volta pro lado mau, seria repetitivo demais. E além disso, colocá-la como vilã agora anularia todo o desenvolvimento dela em WandaVision, que era aceitar a morte do Visão, mas não, vamos fazê-la ser uma vilã querendo ressuscitar sua família!
Inclusive muita gente interpretou a cena pós-créditos do último episódio, em que ela lê o Darkhold e acaba ouvindo as vozes dos filhos – que supostamente não existiam mais –, como tendo acontecido porque ela estava ativamente à procura de Billy e Tommy. Mas além de não fazer muito sentido (porque até onde ela sabia, eles estavam mortos), isso anularia todo o desenvolvimento dela de aceitar esse luto... e aí WandaVision teria sido pra nada.

Então, jogar a Wanda pela terceira vez como vilã seria muito repetitivo, especialmente tendo acabado de sair de um arco em que ela foi “má” a temporada inteira e acabou escolhendo o bem no final. Além disso, comentários empolgados com a “transformação dela em vilã” me soam estranhos porque afinal, ela já foi vilã duas vezes! Estão felizes que ela finalmente vai ser antagonista... Onde vocês estavam em Age of Ultron e WandaVision?
Fora que o teor da palavra “vilã” nos rumores – e aqui, pode ser uma questão de interpretação, mas é como parece – me soa como se fossem transformá-la em uma personagem completamente sem escrúpulos com planos sombrios para dominar o mundo ou qualquer coisa assim, o que é um tipo de vilania diferente do que ela já passou. (Pelo menos essa é a única razão em que eu consigo pensar para as pessoas estarem empolgadas com essa vilania, porque aí sim seria algo novo.)
Só que, para mim, a Wanda se tornar esse tipo de vilã seria ainda pior, por duas razões.
A primeira é que cairia certamente no arquétipo de mulher-poderosa-que-fica-louca. Esse arquétipo está extremamente ligado à ideia de que as mulheres não devem ter poder, justificando isso ao colocar personagens femininas poderosas e mostrar que elas não conseguem controlar esses poderes.
A história da Wanda inteira nos quadrinhos é marcada por esse arquétipo, como na história House of M, que eu mencionei nos primeiros parágrafos. Além dela, a Marvel também tem a Jean Grey, cuja loucura-que-ameaça-o-mundo foi adaptada duas vezes já para os cinemas, na mesma franquia. Só para dar um exemplo de outra obra, Game of Thrones tem a Daenerys, que quando consegue o trono, vira a rainha louca, se torna uma ameaça e precisa ser morta.

Esse arquétipo dificilmente acontece com personagens homens, enquanto que com mulheres está presente em todo lugar. É um arquétipo que não seria um problema se você analisar a história por si só, mas querendo ou não, ela é parte de um contexto histórico, e notando isso, é inegável que ele é problemático. Pra mais informações sobre esse tema, tem aqui uma página do TV Tropes.
Como eu falei lá em cima, a showrunner Jac Shaeffer afirmou que procurou evitar o arquétipo quando estava construindo WandaVision. Ainda tem traços dele, claro, porque a história da Wanda é quase inseparável dele, mas a série faz seu melhor para subvertê-lo. A criação do Hex é claramente um momento em que esse modelo está presente, já que Wanda perde o controle de seus poderes devido a seu estado mental frágil e acaba prendendo uma cidade inteira sem consciência.
Mas a subversão vem no final, em que quem resolve o problema é a própria Wanda, e não o Visão tendo que matá-la para salvar todo mundo ou algo assim. Ela enfrenta o que fez e desfaz o feitiço conscientemente, retomando o controle. E o final da série é justamente ela querendo estudar seus poderes, entendê-los para que isso não se repita, para que ela verdadeiramente os controle. Então a série faz o possível para subverter o arquétipo, e agora querem que os próximos filmes joguem Wanda de volta nele porque “ah ela leu o Darkhold, tem que enlouquecer”, e “ah, ela enlouquece nos quadrinhos” e “ah não sei o quê House of M”.
(Respostas rápidas para esses três argumentos: ainda não estabeleceram quase nada da mitologia do Darkhold no MCU; o MCU não é os quadrinhos; House of M já foi usada de base pra WandaVision, provavelmente não deve ser adaptada de novo tão cedo.)
A segunda razão que me faz rejeitar a ideia da Wanda ser uma grande vilã é que... para quê? O arco dela, principalmente depois de WandaVision, é o arco de uma personagem dúbia, que tem traços de heroína e de vilã simultaneamente, traços que coexistem coerentemente graças a uma boa escrita da personagem.

É muito comum que fãs falem que amam personagens dúbios, que não são nem mocinhos nem vilões, mas na verdade a maioria desses personagens não é dúbia, são só heróis que cometeram um erro, vilões que têm qualidades, ou vilões redimidos. Mas personagens dúbios mesmo não aparecem com tanta frequência, principalmente porque precisam ser muito bem escritos para funcionarem, e também porque não existe muito bem uma fórmula para criá-los, cada um tem que ser único.
Mas a Wanda... a Wanda é uma personagem dúbia. Graças a WandaVision principalmente, mas também a todas as suas aparições no MCU. Ela não hesitou em se aliar com um androide claramente maligno, porque ele queria vingança na mesma pessoa que ela, e acabou causando um dano colateral imenso nesse esquema. Só que quando ela descobre que ele queria causar um genocídio, ela fala “calma aí, isso não”, e se alia com o grupo que queria destruir. Um grupo de super-heróis, para o qual ela entra no final do filme, e isso sem ter tido exatamente um arco de redenção. Ela entrou porque queria ajudar as pessoas, mas ela não passou por uma mudança desde sua fase antagonista. Ela é praticamente a mesma pessoa desde essa parte, então sempre teve essa vontade de ajudar, menos quando era um dano colateral da vingança no Tony Stark.
Então, Wanda passa um ano fazendo missões com os Vingadores, salvando pessoas por todo o mundo, até que uma de suas ações acidentalmente causa a morte de um pessoal. E ela se culpa muito, ela acha que realmente pode ser um monstro por ter feito aquilo, mesmo que tivesse sido em uma tentativa de ajudar. E em Infinity War, quando o Thanos chega e quer a Joia da Mente, ela e os outros Vingadores hesitam muito em sacrificar o Visão, mas no final ela faz isso, ela sacrifica a pessoa que ela mais ama no mundo para impedir o Thanos, é um sacrifício altruísta demais. E o que essas ações demonstram? Uma grande empatia. Ela tem empatia sim, ela passa um ano com os Vingadores, trabalhando para salvar pessoas, sendo uma super-heroína. E ela sacrifica o amor da vida dela para salvar o mundo. Ela não teria feito nada disso sem ter empatia, sem querer ajudar.

Mas ela também é egoísta. E em WandaVision essas duas características colidem.
Porque Wanda passou a vida inteira infeliz. Já na infância ela não parecia viver em uma condição boa, e daí tudo piora quando seus pais morrem, ela e Pietro ficam órfãos, acabam se juntando à Hydra, depois o Pietro morre, ela passa dois anos fugindo da lei por ter quebrado o Tratado de Sokovia, e por fim é obrigada a sacrificar o Visão, passa cinco anos morta e não pode nem fazer um enterro pra ele porque a S.W.O.R.D. ficou com o corpo.
E daí... os poderes dela criam o Hex, e a série mostra que é uma reação involuntária, ela nem percebe direito o que estava fazendo. Então Wanda é atingida pelo feitiço, está muito feliz ali cumprindo seu papel na sitcom, até que elementos da realidade começam a aparecer. Sr Hart pergunta qual o passado dela e ela não sabe responder, depois ele se afoga e quase morre. Um avião de brinquedo em cores aparece no seu mundo preto e branco. Alguém no rádio chama seu nome e pergunta quem está fazendo “isso” com ela. Um apicultor misterioso sai do bueiro na frente da casa dela, usando um traje com o símbolo da S.W.O.R.D. – e em todas essas vezes, Wanda parece acordar por um breve momento, mas se força a “dormir” imediatamente.
Ela só parece acordar de vez quando expulsa Monica da cidade. E daí ela percebe: aquela vida não é real. Ela não sabe como aquilo aconteceu, só sabe que está vivendo sua vida perfeita, finalmente, depois de tanto sofrimento. Mas claro, ela percebe também que aquelas pessoas que convivem com ela não estão ali porque querem. E daí vem o conflito, porque ela finalmente está feliz, e seu egoísmo diz para que ela continue ali. Mas Wanda também tem grande empatia pelas pessoas, e não quer ser a causa de seu sofrimento.

E para conciliar os dois sentimentos, vem a racionalização. Como fica claro em sua conversa com o Fietro no Halloween, Wanda está racionalizando suas ações, ela está aproveitando que não tem total certeza das funcionalidades do feitiço e dizendo para si mesma que está tudo bem, que aquelas pessoas estão bem. Dá para ver sua tranquilidade quanto Fietro aprova o Hex, diz que não acha que ela fez algo errado, que ela lidou com as questões éticas o melhor que pôde, mantendo casais juntos, dando melhores empregos e personalidades parecidas a todos.
Então, para que sua empatia não alcance o egoísmo e a faça desistir de sua tão sonhada vida perfeita, Wanda usa a racionalização, diz que está tudo bem, fecha os olhos para os problemas e tenta se convencer de que não há nada errado, mesmo sabendo que há, sim.
É só no episódio final, em que Agatha acorda os moradores e eles confrontam Wanda, falando com todas as letras que estão sofrendo ali, que não podem ver seus filhos, que têm os pesadelos dela, que sentem a dor dela, e até pedem que ela os mate se não vai libertá-los – é só aí que Wanda não tem mais como racionalizar aquilo. E então é imediato: ela começa a desfazer o Hex na mesma hora para libertar a todos. Claro, ela para porque vê que a destruição do Hex causaria as mortes de Visão, Billy e Tommy, mas é por pouco tempo essa pausa – logo no final do dia ela desfaz de vez, sacrificando sua família para salvar as pessoas que prendeu.
E esse arco, composto pela empatia, egoísmo e racionalização, além de ser bem feito, é muito identificável. Claro, eu nunca sequestrei uma cidade para criar minha vida perfeita, mas quantas vezes nós já não ignoramos uma situação errada porque era mais confortável, e dissemos para nós mesmos que “ah, tudo bem, não é tão ruim assim”, sendo que sabíamos perfeitamente que era ruim sim, mas não queríamos agir porque não era conveniente?

Essa empatia, egoísmo e racionalização fazem Wanda ser uma personagem dúbia incrível, ela ao mesmo tempo em que funciona como heroína, funciona como vilã, os dois simultaneamente, sem precisar de grandes mudanças para passar de um lado do espectro ao outro. Ela é egoísta e empática, e quando os dois elementos não colidem, ela pode ser uma heroína de boa, mas quando colidem, aí depende, e é isso que vimos em WandaVision. Wanda é uma personagem muito complexa, de longe a melhor do MCU, e eu não quero que estraguem isso colocando ela como uma vilã.
“Ah, mas não foi você que acabou de dizer que a Wanda flutua como heroína e vilã muito bem? Então qual o problema de ela ser vilã?” Veja bem, quando eu falo que ela funciona bem como “vilã”, eu falo dos papéis dela em Age of Ultron e em WandaVision, e não no de uma antagonista tradicional, que quer dominar o mundo e luta contra os heróis e há-há-há. A frase “ela vai ser a vilã mais poderosa do MCU” me leva a pensar que vão abandonar toda a dubiedade da personagem para fazer isso com ela, colocá-la como essa grande ameaça e tudo o mais, tirar dela sua empatia e deixar só o egoísmo.
E isso iria totalmente contra o que a personagem é hoje, ela é a personagem mais interessante do MCU, a mais complexa, mas não, vamos acabar com isso porque ela tem que ser a grande vilã!!!!! Por favor, não façam isso. Dá para trabalhar tanta coisa com ela, WandaVision fez um trabalho excelente em aumentar a complexidade da personagem, espero de verdade que não acabem com isso, e sim que explorem mais esse conflito da empatia com o egoísmo, que explorem mais a racionalização, mas que não a façam ser a grande vilã. Porque isso não faria sentido nenhum, seria repetitivo demais, forçaria um arquétipo problemático e destruiria todo o potencial que Wanda tem como personagem.
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